Polêmica na demissão de trabalhadores



Dez trabalhadores terceirizados, de setores como o de serviços gerais da Câmara de Vereadores de Palhoça, podem ter sido demitidos por questões políticas. A denúncia foi levada a plenário na segunda-feira pelo vereador Nelsinho Martins (PSD), que pediu explicações da empresa Adeserve Serviços, de São José, que fornece mão de obra ao Legislativo.

“Causou-me estranheza essa situação. É uma equipe muito boa, competente e todos serem demitidos assim, nesse período de crise, não está certo. Quero entender o porquê disso”, justificou o vereador. Os trabalhadores estão cumprindo avisto prévio e seriam substituídos por indicados politicamente. “Não consegui entender isso. Demitir e colocar outro no lugar, sem nenhum sentido, sem uma posição concreta, me parece ser apadrinhamento político. Não posso garantir que é, mais estou investigando”, continuou.

O vereador Neném do Bertilo (PSD) criticou a postura do presidente da casa, Fabinho Coelho (PP), na sessão que tratou do caso. “Comportamento autoritário, achando que ele pode fazer tudo, sem nenhuma explicação. É semelhante ao Eduardo Cunha. Se transformou”, disse. O presidente foi procurado pela reportagem mas não retornou as ligações até o fechamento desta edição.

Segundo o diretor administrativo da Câmara, Dauri Borges, problemas na prestação dos serviços teriam motivado a troca dos trabalhadores. “Tivemos alguns problemas de atendimento, fizemos a reclamação e solicitamos a mudança. A empresa é responsável por isso. Eles que vão realocar essa equipe para outro órgão e indicar novos funcionários. Dos quatro vigias, apenas dois que estão conosco há dez anos permaneceram pelo bom trabalho que fazem”, explica.

A Adeserve Serviços justificou as demissões dizendo que há “redução em vários órgãos”. Não informou ser haverá recomposição da equipe na Câmara de Palhoça nem quantas pessoas serão contratadas após o aviso prévio dos trabalhadores demitidos.



COMPARTILHE:

Amigos no Facebook

Twitter

Tempo!

Instagram