Custo Palhoça


Os empresários do município de Palhoça, na grande Florianópolis, estão em campanha para reduzir o que chamam de Custo Palhoça, que é composto principalmente pelos gastos mensais necessários para manter seus negócios de portas abertas. O foco é reduzir impostos e ampliar a oferta de serviços e programas públicos por parte do município. As reivindicações já foram entregues ao prefeito Camilo Martins (PSD) e devem ser apresentadas aos vereadores do município.

“Entregamos um ofício e vamos fazer novas reuniões para continuarmos a debater o assunto que envolve os tributos da cidade. Também pedimos a melhor distribuição dos recursos arrecadados para o setor industrial. Palhoça possui seis distritos industriais os quais precisam desse apoio”, explica o presidente da Acip (Associação Empresarial de Palhoça), Marcos Canto.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Palhoça, Marcelo Fett, disse que irá pessoalmente à sede da entidade apresentar os programas de incentivo disponíveis no município. Ele estranha que os empresários desconheçam inciativas como o Prodep e o Palhoça Atende, que preveem incentivos à quem oferece e mantém empregos na cidade sem distinção do tamanho do empreendimento. “Se o empresário quiser algum incentivo, ele deve investir no município, gerar emprego, renda e incremento de arrecadação”, garantiu.

Os empresários pedem veto a reajustes, por exemplo, no IPTU. Canto acredita que, no momento de crise vivido no País, o aumento pode ser a única forma de a prefeitura manter as receitas. “Pedimos muito para o prefeito não aumentar mais as taxas e melhorar a eficiência dos programas”, complementa.

Empresários defendem distribuição de recursos
O empresário Altemir Zamparetti, que atua no segmento de beneficiamento de vidros, revelou que, em doze anos de trabalho vive o momento economicamente mais difícil. A produção caiu 50% e o faturamento 66%. Ele acredita que a carga tributária está sufocando a classe empresarial. “Chegou a hora dos políticos fazerem a sua parte, porque os empresários estão no limite. Precisamos de apoio e de mais retorno daquilo que é pago através de impostos”, salienta.

A mobilização da Acip para tentar sensibilizar o executivo e legislativo municipal teve apoio de quase 40 empresários, que juntos foram até o gabinete do prefeito Camilo Martins. Entre as propostas foi solicitado o desenvolvimento de um plano de distribuição dos recursos arrecadados, com alcance em todos os bairros na proporção de arrecadação, população e benfeitorias realizadas por entidades locais.

Outra solicitação envolve as leis de incentivo à produção. A entidade pede uma previsão de incentivo às empresas já instaladas no município e que atenda também micro e pequenas empresas. Além disso, a Acip quer a implantação do Fundo de Inovação, e a regulamentação das legislações de incentivo, além do livre acesso ao andamento dos processos no executivo municipal. “Estamos unidos nessa luta e nossa meta é trabalhar as capacitações de empresários, funcionários e trazer mais parcerias para que os serviços fiquem mais baratos”, diz Canto.


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